Saturday, February 24, 2007

Mudanças!

O Primeiro e o último dia a gente sempre acha que nunca esquece, mas bem a verdade é que esses são exatamente os dias que, pelo menos para mim, vão embora da memória com o passar do tempo. Eu já não lembro o meu primeiro dia de escola, o primeiro dia de mestruação, o primeiro dia que descobri que estava apaixonada. Lembro de uma tarde fria com cólica, dos dias no meio de abril numa aula chata de história ou de uma conversa pra falar da nova paixão. Não lembro também com detalhes o meu último dia na escola, o meu último dia de namoro com alguns dos meus ex-namorados, ou meu último dia no meu antigo apartamento.
Hoje é meu último dia aqui na Gilmore Ave. Se eu lembro do meu primeiro dia aqui? Não. Tava muito ocupada pensando no meu último na homestay. Se eu vou lembrar do meu primeiro dia na Bute Street? Provavelmente não. Vou estar muito ocupada e cansada desfazendo malas, arrumando prateleira e conhecendo meus novos roomates. Mas vou lembrar pra sempre da visita rápida da Claudinha aqui em casa, esperando eu tomar banho pra podermos sair, do dia que cheguei com a TV nas costas e uma chuva danada, do dia que o Neil me ligou e mandou eu ir lá fora e eu de pijama e descalça vivi meu primeiro momento na neve no quintal da casa na Gilmore. Vou lembrar das tardes no parque ou na biblioteca pra ler as revistas dos meses anteriores. Dos passeios aos brechós aqui perto, das idas ao subway logo depois do Cambie e do dia que queimei o feijão e a casa ficou com cheiro de queimado durante uma semana. Vou lembrar dos dias no meio do nada, que foram aparentemente insignificantes, mas que são esses que ficarão aqui dentro guardadinhos pra sempre.
E como é bom fazer as malas. Sei que tem gente que odeia, mas eu realmente gosto. É como fazer um balanço de tudo que se têm, de tudo o que se comprou e de ver em que tamanho e proporções se resume a sua vida. A minha no momento se resume à uma mala vermelha, e à duas cinzas e laranjas que comprei no Wall Mart. À uma mochila da Roots com a bandeira do Canadá, à uma mala de oncinha e algumas bolsas que não couberam em mala nenhuma e estão em sacolas da Zara e da Winners. E a um lap top que guardo fotos e palavras que me ajudarão a lembrar de tudo isso que estou vivendo, quando isso for parar na parte das lembranças.
E na próxima vez que eu colocar palavrinhas aqui vou estar vivendo na sala com mais outras duas pessoas, dividindo banheiro, armário, cozinha, panela, televisão, privacidade. Vai ser bem legal. Nunca tive isso. Essa coisa de casa cheia, limites dentro de casa e blábláblá. Mais um aprendizado. Boa! É exatamente isso que preciso!!
Vejo vcs na Bute Street!!! Bye!!

Friday, February 23, 2007

Afterplay...

"there's always a door you do not want to open, or a place you don't wanna go, or a question you don't wanna answer, or one word... that you just don't wanna hear because if you do you know you'll never be the same."

" Haverá sempre uma porta que vc nao quer abrir, ou um lugar que vc não quer ir ou uma pergunta que vc não quer a resposta, ou uma palavra... que vc simplesmente nao quer ouvir , pois se vc ouvir vc sabe que jamais será o mesmo."

Tuesday, February 20, 2007

Satisfaçãozinha...

O Carnaval acabou e falar com meus amores deu um boost na minha inspiração e me mostrou que preciso atualizar isso aqui pra atualizar vcs.

Os últimos posts foram uma espécie de desabafo. Se fosse no Brasil usaria o telefone, a padaria Viana, vinho e chocolate e tudo passaria. Mas há 6 horas de diferença de todos esses recursos me fazem as vezes entrar em pânico.

Foi uma decisão que tomei e me arrependi. Mas passado o momento pânico, voltei, analizei e vi que era o melhor a fazer. Não dá pra mentir pra mim mesma. Se têm uma coisa que não consigo é mentir. Nunca rolou, não ia ser dessa vez que ia rolar né? O problema é que aqui " longe dos meus" as coisas criam certa intensidade.

O que o Thiago disse têm uma certa verdade - ficar só consigo mesmo é perigoso. É muito tempo pensando em vc, se preocupando com suas coisas, vendo o seu próprio umbigo, não tendo um outro pra se preocupar, pra escutar, pra se envolver. Juntando isso com um término de namoro (têm meio haver com a tal da decisão) a falta das amigas por perto ( Polly, vou falar de vc!! mas tem que começar a ler hehe!!) e a falta do sol, se vc num tem uma cabeça muito boa a coisa explode. MAS, percebi que, minha cabeça as vezes é boa até demais. Eu não tenho idéia do que quero nem do que vou fazer e cada pessoa que me pergunta quando eu volto, não tem idéia do mal que faz comigo ( SIM SIM isso é um toque SÚTIL pra que vcs parem de me perguntar isso!) não tenho noção do que vai ser do meu próximo mês, tem dias que amo esse lugar tem dias que odeio, mas cada vez mais me conheço, me amo, aprendo comigo coisas que só eu poderia ensinar. Aprendo a viver dentro de alguém forte, firme e que merece respeito. Aprendo a me respeitar, a entender meus limites, a entender minhas vontades e "desvontades", aprendo a entender do que sou feita. Não dá pra querer lutar contra aquilo que se é feito. E nesses últimos dias parei com isso. Parei com essa luta constante de querer entender o que não têm sentido, querer tocar o céu dos outros sem tocar o meu, parei de querer enxergar a vida com o olhar alheio, com o sonho alheio. Parei de querer uma mudança que não quero, mas que achei que tinha que ter. Com isso aprendi que toda a dor vem do medo de sentirmos dor. Renato Russo e daí que que tem?! rs Se eu não quiser me envolver, vou sofrer pois não me envolvi. Se lutar contra o envolvimento, sofrerei pois lutei mas mesmo assim me envolvi. Se me envolver, vou sofrer pois houve o envolvimento. Nessas três opções pelo menos na última em algum momento fui feliz. Hj entrei numa comunidade do orkut que meu, a melhor!! Explica tudoooooo!! - Não confio em gente feliz (perfil da comunidade - Se você também acha meio suspeito esse povo que vive alegre e feliz o tempo inteiro, tem centenas de amigos e "migas", e esta sempre "xonaduu", parecendo até que vive em comercial de leite em pó, tentemos entender porque aparentemente não da para se confiar em um sequer deles. Todo mundo que já fez algum bem nesse mundo não andava por aí todo serelepe, pode conferir)E por que essa comunidade ? Porque isso é que tava me incomodando.

Eu tinha um namorado lindo, fofo que me amava, eu to no Canada onde queria estar, eu to com saude, to bem essas coisas todas e papapipopopo e tava fula da vida porque num andava toda serelepe por ai!

Cara , sem tristeza não têm poesia! Sem sofrimento num têm aprendizado, sem dias nublados não dá pra dar valor ao sol, sem momentos de solidão não dá pra reconhecer a beleza de se ter amigos, sem as merdas da vida não dá pra dar risada depois que aconteceu. E sem tudo isso não daria pra ser a mulher forte que sou hoje. Vejo por ai tanta gente fraca e sem nenhuma graça. É por isso que a suíte do melhor hotel de Vancouver não me foi suficiente. É por isso que qualquer eu te amo não me bastou. É por isso que São Paulo não foi suficiente, Vancouver já não está sendo mais e o mundo não será! É por isso que serei inquieta, estarei sempre em busca da felicidade, da realização, desse algo mais. Esse algo mais que as vezes existe, as vezes não. AS vezes é uma viagem, as vezes é um amor, as vezes é um emprego, uma casa, um amigo, um regime, uma calça nova.

E respondendo a pergunta de vocês que não pararam um minuto de me perguntar - mas vc ta bem? vc ta feliz?

Não precisa estar feliz pra estar bem.

Nem todo mundo que tá bem, está feliz.

É isso!

Thursday, February 15, 2007

So pra constar

To bem. Foi so um dia ruim. Mas esse fuso me deixa maluca!!! Mas ja tomei algumas decisoes!! LINDASSS ( LU, RITINHA, ERICOTS, ALE) Brigada!!! vcs sao lindas!!! so isso. Bom carnaval pra vcs!!!

Tuesday, February 13, 2007

Eu to mo muito muito triste.... E muito dificil pra eu assumir isso...Se nao e na frente da Ritinha num tenho coragem de dizer. MAs é que chegou a hora de ter coragem de aceitar aquilo que faço. Mais uma vez eu colhi aquilo que plantei. Já senti essa dor antes, já chorei esse choro mais de uma vez, e sei que não será o último. MAs o fato de estar longe de casa, com 6 horas de diferença das pessoas que eu queria ouvir a voz, faz com que toda e qualquer lágrima seja mais doida e caia mais forte. Eu de verdade não achei que fosse sentir isso. Achei que ia ficar bem, achei que era maior que tudo isso. Desdenhei, não quis comprar, não quis me involver, só quis aproveitar... e agora pago o preço da escolha mal feita, da decisão mal tomada, do impulso idiota. Vai passar. Sempre passa. MAs dessa vez vai demorar um pouco mais, pois não tem Rita pra abraçar. Não tem Erica pra aconselhar. Não tem meu pai pra me acolher. Só eu. hope you're doing fine out there without me ‘Cause I'm not doing so good without you The things I thought you'd never know about me Were the things I guess you always understood So how could I have been so blind for all these years This I only see the truth through all this fear living without you And anything I have in this world And all that i'll ever be It could all fall down around me Just as long as I have you right here by me I can't take another day without you

Friday, February 09, 2007

Perdas

Devia se ensinar na escola coisas mais uteis do que ciencias, historia ou geografia. Deviamos aprender de pequenininho a perder. A perder jogos, campeonatos, apostas e pessoas. Se alguem ai sabe como faz pra conviver com a perda desse ultimo item me ensina. To precisando. Nao bastou uma perda, nao bastou duas perdas. Precisei de uma terceira. Tapa na cara, mais uma vez. E isso ai... tem que se f.... mesmo. Num aprende! Errar e humano mas persistir e burrice como diria o dito popular. Na verdade isso aqui e so um pequeno desabafo. De quem ainda nao aprendeu e espera nao ter que perder de novo pra aprender.