Saturday, October 31, 2009

Ta meio cedo ainda pra fazer uma analise do ano de 2009, mas é que eu quero tanto que esse ano acabe que ai fico arrumando jeito pra me ver livre dele! Eu sei exatamente quantas semanas falta para acabar um dos meus trabalhos, pra me ver livre daquilo tudo, mas infelizmente eu sei que não será só acabar aquele inferno para que minha falta de alegria passe. Agora saber o que fará ela passar ai já é querer demais. Saber os inimigos é mais fácil do que escolher os amigos, né? O pior que nem reconheço quem são todos os inimigos... a não ser o inimigo que está dentro de mim....

Esse ano foi bem difícil viu? A coisa com a grana, que pegou muito! Percebi o quanto havia administrado mal o meu dinheiro e correr atrás do prejuízo não foi nada fácil! O meu emprego, apesar de ser otimo, reforçou bem o que eu NÃO quero para mim, e o quanto eu e crianças não somos o que poderiamos chamar de - parceiros. Não me cuidei nem um pouquinho, engordei T-O-D-O-S os quilos que havia emagrecido ano passado, não passei um rimel direito, não gostei de mim nenhum pouquinho. Meu inglês ficou estacionado pelos primeiros 6 meses e só agora(graças a Deus) estou em mais um emprego, este que eu adoro e que tem sido uma das poucas coisas boas acontecendo agora. Minhas músicas que parei de ouvir, minhas danças que parei de dançar, minhas coisas que parei de falar, meus escritos que parei de escrever... Meu relacionamento que é bom, mas poderia estar ótimo, e que a culpa desse só bom, é pelo menos 99% minha. Minha espiritualidade que está tão gelada, que menciono dizer estar morta, apesar de eu cavar as vezes por ela, mas desistir logo no começo.

E eu sei lá o que eu desejo de 2010!! Era o ano que eu tinha colocado como limite para eu voltar para o Canadá. Eu não voltarei. Eu não tenho mais nada o que fazer lá.

Agora so preciso descobrir o que fazer aqui.

Thursday, August 13, 2009

changing for change!

É isso ai!! vamos agitar isso aqui! faz milênios que não escrevo e hoje venho escrever para mudar o rumo desse blog! quero escrever coisas menos intensas, mais úteis, mais diárias. Sei lá postar receita, falar dos acontecimentos mundiais, ou como meu namorido faz, falar de música, cinema, whatever!!! Mudei o formato, pois mudei de vida!!

Hoje sou uma mulher "semi-casada",(morando junto, mas ainda não no papel)que cozinha bem,(têm saido coisas gostosas da minha cozinha!)que entende cada vez mais de feng-shui, que trabalha em dois empregos, lava, passa, limpa e têm companhia diária, 24horas por dia!!

Estou muito feliz nessa nova "empreitada"! Meu chá de cozinha foi uma delícia, as amigas e a família apareceram, me pintaram toda e me fizeram dançar o creu, ganhei presentes lindos e super úteis, além de ter iniciado meu livrinho de receitas!!

Me preparo agora para ser madrinha de uma amiga mais do que especial, A Lidi, tento emagrecer um pouquinho pra entrar melhor no vestido, mas sem neuras, pois cozinhar e provar as delícias têm sido mais prazeroso do que ficar tentando entrar num manequim 40!

Tenho aprendido muito sobre futebol, hoje ja sei o que é o G4, pq gol fora de casa vale tanto, patrocinadores, pontos corridos e um montão de outras coisas. Entendo um pouquinho sobre política, converso sobre coisas mais inteligentes, mas ainda dou minhas escapadas no Discovery Home and Health pra ver programinhas inúteis.

Não estou mais supervalorizando amizades desnecessárias, raramente fuço no orkut alheio, tenho feito mais ligações do que mandado scraps, tenho bebido menos cerveja e mais água.

Tenho aceitado uma porção de coisas que sempre me foram muito difíceis de aceitar, tenho dado a oportunidade de gente do bem me mostrar o quanto vale a pena ter amigos que nem sempre se encaixam naquilo que você acredita.

Tenho saboreado a cada dia o gostinho de ter uma nova família, encabeçada por mim, sem precisar daquela coisa que eu odiava "eu te empresto a minha mãe".

A cada dia entendo mais o significado de "Amar é uma decisão. Uma decisão diária." E tenho feito disso a minha maxima.

E estou cada dia mais realizada com os momentos felizes que tenho ao lado de um homem inteiro, íntegro, inteligente, lindo, divertido, carinhoso que eu amo muito, cada vez mais.

Por enquanto é isso!! Espero ver vocÊ mais por aqui, com dicas, perguntas, conversas!!!

Saturday, May 30, 2009

"Nunca é tarde para abrirmos mão de nossos preconceitos."

Susan Boyle hoje me mostrou mais uma vez como a vida pode ser traiçoeira com algumas pessoas e a ganhadora do aprendiz universitário Marina, mostrou como a vida pode ser maravilhosa com outras pessoas.

Por que traiçoeira com Susan Boyle? Já que ela virou celebridade da noite para o dia, já que apesar de não ganhar o Britain's got a talent (o ídolos britânico)com certeza terá chances de gravar um cd, de fechar contrato, fazer shows e tal. Já que ela tem uma voz incrível? MASSS me pergunto? Por que só agora? Quer dizer, ela passou 47 anos sozinha, infeliz, ela carrega no rosto essas marcas, ela nunca esteve com um homem, ela foi rejeitada pelo juri antes mesmo de abrir a boca... e deve ter sido assim sempre...

Esse video de Susas me tocou muito... como somos preconceituosos... cada um do seu jeito, cada um em uma particularidade, mas sempre seremos preconceituosos. Enfim... é só blábláblá.... Mas esse video de Susan Boyle e a própria música que ela cantou, me tocaram muito.Assistam. Vale muuito a pena. E a letra da música, faz tanto sentido...

http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo

Wednesday, May 06, 2009

De cabelo curto ou longo. Loira, morena, gordinha, mais magra, alegre, triste. É incrivel o que fotos podem fazer com a gente. Elas tem o poder de curar ou de fazer doer, de amortizar ou de latejar. Elas recriam cenas, elas aguçam a imaginação já cansada. Elas nos levam de volta àquilo que já fomos e o que queríamos ser. Elas nos transportam àqueles lugares que amavamos, mas não reconheciamos, àqueles cantinhos que nos curaram tantas vezes.

Assim também são as músicas. Elas acionam o cerebro e assim lembramos exatamente daquele momento. As músicas nos acalmam, nos amparam e nos fazem chorar. Versos que nos decifram, palavras que rimam com coisas insignificantes que nos são tão significativas. Musicas que marcam épocas, períodos, eras. Ritmos que nos fazem dançar e nos fazem lembrar de como um dia já dançamos. Trilhas sonoras de filmes, de novelas, da nossa própria vida.

Assim também são os cheiros. O cheiro de feijão que só a sua mãe sabe fazer. O perfume predileto dela que mesmo você não gostando muito, te da uma sensação maravilhosa toda vez que você sente. O cheiro de um lugar, até o cheiro de ar condicionado de uma loja de departamento ou de um produto de limpeza que só aquele lugar usa. Um cheiro de alguém. Alguém que as vezes nem usa perfume. Um cheiro de uma flor. Uma flor que você nunca mais vai esquecer e talvez nunca mais vá encontrar.

Uma foto. Uma música. Um cheiro.

Estou tentando reencontrar uma Alline perdida. Por isso vasculhei fotos, ouvi músicas, abri perfumes. Fui lá no fundo pra lembrar daquela Alline. Lembrar de certos sonhos, lembrar de certas vontades. Lembrar de que ela já foi mais feliz. Mais otimista, mais estilosa, mais jovem, mais leve. Lembrar que um dia tudo o que ela fazia levava certa graça e certo carisma. Lembrar que ela já foi engraçada, já foi forte, já foi mais mansa. Tentei também esquecer. Das contas, das alergias, das dores e das consequências. Tentei buscar lá atrás soluções. Porque respostas já não quero mais. Nem conclusões. Quero soluções, quero decisões. Quero e preciso. Preciso daquela força, preciso daquela garra, preciso voltar a vencer. Voltar a ganhar. Ganhar fé em mim e na vida.

E pois é. Esse ano eu falei em ficar em mim. Mas já sai de mim. E não foi ninguém que me tirou de mim mesma. Dessa vez a culpa é toda minha. Eu sei lá onde fui parar. Eu sei lá o que fui fazer que não voltei ainda. E cada vez que olho na janela pra saber onde estou, percebo o quanto longe de casa eu me encontro e o quanto esta difícil achar o caminho de volta pra casa. Mas sempre foi assim. Na minha vida essas coisas são ciclicas. Eu fico mal, mal, mal, muito mal. Eu engordo, eu me fecho, eu me isolo. Ai eu fujo. Gasto tudo, vou pra longe, tento reconstruir em outro lugar. Ai eu melhoro devagar. Ai eu sinto falta do lugar de antes. Ai eu volto. AI eu fico mal, mal, mal. Mas ai eu cavo lá no fundo até achar alguma luz. Ai eu acho. Ai eu melhoro, melhoro,melhoro, melhoro. E ai eu esqueço de como já fiquei mal algum dia. E ai eu vou descendo, descendo, descendo tudo de novo...até ficar mal de novo. E depois começa tudo outra vez. Só que dessa vez eu quero parar. Já não posso mais né! Já não posso me dar esses luxos de ficar caindo e levantando toda vez. Preciso aprender a cair, mas cair menos, a levantar, mas não querer voar quando isso acontecer. Preciso aprender a equilibrar. Chega uma hora que cansa o 8 ou 80. Preciso ter em mente o que já fui, o que sou e acima de tudo o que quero ser. Preciso reler meus escritos pra que eles me lembrem o que um dia eu já pensei. Preciso rever minhas fotos para que elas me mostrem as Allines que eu tenho em mim e que são muitas e que elas podem ( e devem!) viver juntas, em equilibrio. Preciso ouvir mais minhas músicas, para que elas deem o tom e a cor certa para a minha vida caminhar com ritmo e graça. Preciso sentir o cheiro das coisas boas que me motivam e das coisas que me desmotivam.

Preciso fazer alguma coisa da minha vida. Rápido.

Wednesday, April 29, 2009

Paciência

(trilha sonora dessa semana...)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma

A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa

Eu me recuso faço hora vou na valsa A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal

E a loucura finge que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência O mundo vai girando cada vez mais veloz

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber Será que temos esse tempo pra perder E quem quer saber A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber?

Será que temos esse tempo pra perder?

E quem quer saber, A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma... Até quando o corpo pede um pouco mais de alma... Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida não para)

Saturday, April 25, 2009

Maybe you can feel it as well... maybe not.

It's weird how words can complete go away from your mind. If you don't use, you don't remember. And that is it. I was trying to help a student and I completely forgot how to say "trufado " in English. ANd I got sooo upset. I used that freaky word hundred of times in Canada but now, just scape from my mind. And I got so frustrated; Suddenly I remembered great. It is fudge. Ok. But You know what that meant? Forgetting words, missing the fluence... not really undertanding all the words in the movies, not getting the whole idea from a song.... I am losing something that I was so proud of. I am not practicing, I am not using at all, so of course I can feel the damage already. And if I continue like this, I will be fat, unhappy and with no fluence anymore. I gotta do something from my life... oh Lord i gotta do! NOW!

Wednesday, April 22, 2009

unhappiness

Yep! Eu não to feliz. E nem é só tpm. Mas aiiiii.... estar com 25 anos e ainda não ter decidido o que quero pra minha vida realmente só é poético no texto "filtro solar" que o Pedro Bial traduziu. E falar do Canadá e lembrar que existe vida mais civilizada em outros lugares mais uma vez mexeu comigo. E aquela casa, que já não me traz satisfação, essa cara que já não tem 18 anos, essa dor de cabeça que praticamente já faz parte de mim, a falta de dinheiro, ou melhor, a falta de administração do dinheiro, juntando com uma boa dose de tpm e uma grande parcela de falta de diversão me fizeram vir aqui hoje para, pasmem (rs) reclamar.

Na verdade escrever organiza pensamentos e objetiva-os de alguma maneira. E escrever sempre foi uma coisa que gostei tanto... e tenho feito tão raramente coisas que gosto... Fico chateada ao pensar que poderia estar bem se eu não tivesse sido criada em cima de ideais tão altos e se eu não tivesse sonhado com uma vida tããão diferente da dos meus pais. Fico incomodada quando reclamo da falta de dinheiro já que sou considerada classe média e ganho mais do que a maioria das pessoas da minha idade. Mas não posso negar que também fico incomodada ao ver pessoas da minha idade, com a minha capacidade( será??) que já são donos do próprio negócio e ganham (lóóóógico) mais que eu.

Mas dessa vez não vou fugir pra outro país com o pretexto de me aprofundar numa língua que por mais que eu ensine todos os dias, estou perdendo a fluência. Não vou também fazer terapia, não tenho finanças nem paciência para isso. Não vou abandonar meu emprego com a idéia fixa de que outro me espera "just around the corner" porque eu sei que isso já não vai mais acontecer. Então o que farei? Não sei... tenho me perguntado isso constantemente. E, diferentemente das outras vezes, quanto mais pergunto mais em conflito e confusão fico.

Acho que preciso trabalhar mais esse meu medo de ficar velha e de não ter feito nada que realmente valha a pena...

Thursday, April 09, 2009

Muitas coisas

Ai ai... difícil escrever aqui assim, depois de tanto tempo.... Nem sei por onde começar então nem começo. Venho aqui mesmo só pra dar satisfações e para não deixar isso aqui tão abandonado.

Estou passando por um período um tanto quanto difícil. Não que esteja chato nem que haja coisas muito complicadas realmente acontecendo, mas é aquele período que "ou vai ou racha". E to tentando segurar as pontas pra não rachar. Sem grandes novidades, sem grandes expectativas a vida vai e vai porque parar num pode né?

É isso ai. Desculpem o post sem graça! è falta de tempo, de inspiração, do que dizer mesmo. sorry!!!

Thursday, March 12, 2009

O que é justo sempre.

Eu venho me deparando com o conceito do que é justiça ultimamente. É justo deixar os pedrestes passarem mesmo quando o farol ainda está fechado para eles? É justo bater no carro da pessoa que estacionou( ou melhor, colou) atrás do seu carro, na guia rebaixada, só pra economizar 8,00 reais do estacionamento do shopping quando a pessoa tem um super honda civic modelo 2009? È justo ouvir desaforo e engolí-lo de uma criança só porque ela é, de uma maneira ou de outra, quem paga o seu salário? È justo esquecer as injustiças que pessoas que deveríamos chamar de nossas fazem com a gente? É Justo não chingar um porco que jogou um saquinho de salgadinhos na rua, só porque ele dirige uma bmw? È justo assistir a tudo isso calada e fingir que não é com a gente? È justo engolir sapos, mesmo que eles não caibam guela abaixo?

É justo?

O que é justiça?

Eu ando pensando nisso ultimamente.

E ando percebendo que cada vez mais estamos mais longe do conceito de justiça...

Friday, February 27, 2009

PINTANDO.... antes fosse o 7...

Se vc estivesse aqui eu pediria atenção, pediria para que você largasse o brick game, desligasse a tv e me escutasse. Pois só você entenderia. As minhas angústias, as minhas dúvidas, as minhas raivas, os meus medos. E eu teria coragem de dizer tudo e eu poderia ser fraca e sensível por um momento. Apenas um momento eu não precisaria tomar conta de tudo, eu não precisaria cuidar de tudo, saber, entender, fazer... eu teria a chance de cometer alguns erros, eu poderia omití-los ou concertá-los, junto com você. Se você estivesse aqui eu pediria que me ensinasse a usar a maquina de costura, que me ensinasse a comprar panelas e sentasse comigo para vermos porcentagem. Se você estivesse aqui eu teria direito de desinterrar assuntos mortos, de reclamar de erros antigos e sentir por um segundo dó de mim. Se vc estivesse aqui eu não estaria toda suja de tinta, eu não teria um emprego tão longe, eu não estaria fazendo essa pós de merda, eu não teria gastado tanto dinheiro e perdido tanta coisa e tanta gente.... Se você estivesse aqui eu poderia te contar como esses anos têm sido dificéis e como eu esqueci de te perguntar tanta coisa.... Se você estivesse aqui eu saberia coisas de quando eu era pequena, eu entenderia coisas sobre a minha adolescência e eu aprenderia, de um jeito menos doloroso, a amadurecer. E eu já não sou mais quem você conhecia. E será quie me reconheceria? Teríamos assunto? Você se orgulharia, pelo menos um pouquinho de mim? Porque as vezes eu sinto que é sempre só eu e você e sempre será....

De tarde quero descansar, chegar ate a praia e ver Se o vento ainda está forte E vai ser bom subir nas pedras Sei que faço isso pra esquecer Eu deixo a onda me acertar E o vento vai levando tudo embora Agora está tão longe Vê, a linha do horizonte me distrai: Dos nossos planos é que tenho mais saudade, Quando olhávamos juntos na mesma direção Aonde está você agora Além de aqui dentro de mim? Agimos certo sem querer Foi só o tempo que errou Vai ser difícil sem você Porque você está comigo o tempo todo E quando eu vejo o mar, Existe algo que diz, Que a vida continua E se entregar é uma bobagem Já que você não está aqui, O que posso fazer é cuidar de mim Quero ser feliz ao menos Lembra que o plano era ficarmos bem? - Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos Sei que faço isso pra esquecer Eu deixo a onda me acertar E o vento vai levando tudo embora

Sunday, February 15, 2009

Hoje acordei com sintomas de saudade. Saudade de um monte de coisa, saudade de um monte de gente, de um monte de época, saudades. E arrisco dizer saudades de mim.

O diferente nos atrai, mas é no semelhante que encontramos força pra seguir em frente. E eu ando me sentindo muito diferente dessa gente que me rodeia. Eu os amo. Mas eu sinto falta deles. Sinto falta daqueles que eu ja me identifiquei e que hoje se debatem tanto para provar o quão são diferentes. Sinto falta das besteiras ditas nas rodas de conversa e quando os assuntos não precisavam ser sempre cultos, inteligentes ou pseudo-intelectuais. Por que ? Porque eu acho que essa gente fala demais. Porque eu acho que antes de falar tem que se viver. Tem que se fazer. Tem que ser. Eu gosto da revolta e da opinião formada, mas eu admiro a mão na massa e a falta de tempo para reclamar. Eu gosto de inteligência e de grandes conceitos, mas eu adoro a esperteza e a prática, sendo praticada. Eu gosto de quem quer mudar o mundo, mas eu venero aqueles que mudam.

E por vezes eu me acho fútil no meio dessa gente que tem sempre tanto a dizer, tem sempre tanto a se revoltar, tem sempre opinião por dar e por vezes está sempre cheia de novas idéias e planos para uma nova vida nova. E eu me sinto burra no meio de mestres, escritores, poetas, cantores, grandes professores, doutores e quase-intelectuais. Mas ai eu me lembro. Ai eu lembro. Lembro da vida dessas pessoas e do que elas fizeram com suas vidas. Ai eu olho a minha vida. Ai mais uma vez eu lembro. Eu nem sempre tenho o que dizer. E sim, eu vejo BBB. Sim eu nem sempre sei o que ta acontecendo no mundo. E não eu não tenho uma formação política como vocês. Ou como vocês acham que têm. E não eu não sou assim tão de esquerda, e me convenço que se eu entendesse disso eu seria menos ainda... E sim, ainda me é estranho ver dois gays se beijando na rua, e não talvez eu não concorde tanto com o filme milk, e não eu não me acho preconceituosa por conta disso. E sim, talvez eu seja um pouco, mas ainda acho que família é importante e que essa libertinagem toda vai contra a família... E sim... eu estou longe daquilo que um dia fui. Eu ja não danço as musiquinhas da igreja e eu já até tiro sarro disso tudo, mas não eu não tenho vergonha de ter vivido tudo aquilo e sim, eu ainda acredito em um monte de coisa que eu acreditava naquela época e sim... eu quero que meus filhos acreditem nisso também. E pasmem. Sim eu ainda quero algumas coisas tradicionais e antigas, como esse povo todo adora criticar.

E talvez eu seja assim. Desculpe decepcionar. Eu nunca disse que seria diferente. Eu nem sempre tenho opinião formada. Eu nem sempre sei o que dizer. Eu nem sempre concordo com vocês. E eu nem sempre acho os seus assuntos interessantes. Como vocês também não devem achar os meus.

"Não basta conquistar sabedoria. è preciso usá-la." Cícero

"Quem reconhece a sua ignorância, revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância, vive na mais profunda ilusão. " Lao-Tsé

Friday, January 23, 2009

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. "
Clarice Lispector

Ahh tenho que escrever... não que eu saiba o que realmente quero... têm sido dias difíceis, mas decisivos, têm sido pensamentos loucos desenfreados querendo alguma decisão...
Mas me coloco a agir. Preciso. Não posso ficar a inércia daquilo que vem acontecendo. Não posso me abater, não posso me arrepender. Não sou mulher de arrependimentos e quando eles batem a minha porta a única coisa que sei fazer é afastá-los bruscamente sem ao menos deixá-los falar.
Mas confesso que ando tendo pensamentos no passado... a palavra SE tem sido constante em meus devaneios... me ocorre momentos e decisões do passado que se tivessem sid0 feitas ou tomadas de uma outra maneira talvez hoje isso ou aquilo não estariam acontecendo... administrações mal feitas, desperdícios, incoerências, supérfulos, um apunhado de decisões mal tomadas que me trazem aonde estou hoje.
Não posso me culpar.
Não havia como saber.
Não se espera de uma menina o que uma mulher deve fazer. Eu não sabia nada do mundo, nada da vida, era eu e meu univers'inho' particular. Eu e minhas amiguinhas, minhas festinhas, minhas roupinhas, minha vidinha. Contas, impostos, pagamentos, documentos e economia não faziam parte do meu vocabulário. E demoraram pra fazer.
Mas hoje, a duras penas fazem. E como fazem. Não os escolhi, como ninguém escolhe. Mas eles fazem parte. Estão ai. Precisam ser pagos, precisam ser administrados.

É a vida adulta que chegou. E a criança que foi embora.
Definitivamente.

Thursday, January 15, 2009

Primeiro post de 2009!

Que vergonha! Meados de janeiro e eu escrevendo só agora?? Confesso que abri o rascunho todos os dias(quase todos) mas não foi lá muito fácil preenchê-lo de coisas significativas, então fechava a tela antes que tivesse coragem de publicar alguma besteira.

Ano novo e as angústias de janeiro me assombram mais uma vez. Para uma ansiosa de carteirinha janeiro tem em si um poder de causar nausêas antes mesmo de chegar. É o início de mais um ciclo, o início, de novo, de alguma coisa nova. È aquele clichê todo de nova chance, de boas energias, de fazer o diferente de inovar...listinha de coisas pra cumprir durante o ano, metas a serem atingidas, desejos, sonhos, enfim aquele bláblabla que é muito bonito e tal, mas gera noites mal dormidas e mais chocolate pro meu corpinho. É a espera do ano letivo começar, a espera do trabalho perfeito, a espera do carnaval, a novela de pagar ipva, iptu e material escolar. E tudo isso acompanhado a uma tpm que esta durando um mês(SIMMM, Socorro alguém me ajude!) tá complicado! Esse janeiro ta complicado!

Então esse ano, contrariando os anos anteriores, minha listinha esta diferente. Nela cortei as besteiras como emagrecer, juntar dinheiro, aplicar para o visto canadense. E ao contrário disso coloquei: consumir o básico, organizar -de vez- minhas finanças e realizar um projeto antigo, que nunca tive coragem de falar a respeito nem para mim mesma. E assim vou levar 2009. Menos preocupada com o que vestir, menos preocupada com que tamanho estou usando. Menos preocupada com o que as pessoas estão pensando ou estão falando sobre mim. Menos preocupada se vou desapontar todo mundo ou se isso ou aquilo não é normal ou aceitável. Menos preocupada se o Canadá estará ou não me esperando. E ocuparei minha mente e minha vida pensando em reciclar mais e em consumir menos. me preocuparei mais com o que darei ouvidos e com as coisas que falarei.

E estarei mais interessada em me manter em mim, do que em sair de mim.