Monday, September 03, 2007

I should've written before but I was very busy.. sorry!! Everything had changed since last post. I am having such a pleasant time here now.. well there are some gray clouds up to the sky but I am trying to not focus on them... I am trying, hardly, deeply and constantly to see the bright side of everything. And it's kind of working! It's amazing what you can do with your mind Small things, Like a nice hug in your dad, a truly smile to your step mother, a chance to that person who you thought wouldn't deserve one, a shot of caipirinha with your friends in a bar during the hot winter night, a laugh with your students during a monday class, a nice job done, some pounds lost, new clothes in your wardrobe, new hair-cut, new way of look and see the life. I am fine. Yes.. I am pretty fine actually. By the way: Thanks for asking!!!

Friday, July 13, 2007

after a while...

Here I am.... Posting on this web site which I had created just for sharing my trip experiences... Here I am... on a friday night with my notebook on my lap, having weird thoughts, miserable feelings.. being like those girls that I used to hate...

I don't know why I am writing in English... I will probably make lots of grammar mistakes but who cares... who comes here to read my stupid things... U know what is "fun".. I used to miss all my good friends when I was in Vancouver.. now, I am here and where are those friends? Inspite of one of those where are the other ones? WHERE?? I mean, they are living in the same place, they do have the same phone numbers, and believe me they are still going to the same places... but there is something that does not fit anymore. Something that I don't know what is it, something that I don't have the guts to find out, but something that is screaming out loud on my ears saying - everybody is the same... everybody has changed, everybody has gone, everybody is here, but you... where are you?

I see myself creating a world that I can fit in, A place where I can fell that I belong, but somehow this world just doesn't exist and it is just in my mind during my subway journeys every morning.... And I see people crossing by, going around, living a life that they don't really choose for themselves... just a life that they came across with...they are going around... they go to work every morning, they have boyfriends and girlfriends, they love someone who doesn't love them, they don't love someone who does love them, they don't have enough money on their bank account in the end of the month but they are still buying silly things on the shopping malls, they are still using trendy stuff... They might be happy.. the might not. Who knows? Who cares? Who said that they are unsatisfied with their life? I AM THE UNSATISFIED one. I am the one who can't fit in this place. I am the one who has changed and can't fit in my friends group. I am the one who can't handle a conversation without talking about Canada, about the first world, about how the things were so good while I was there. But the true is, I have had sad and bad moments over there as well. I cried, I screamed, I missed, I wanted to come back to Brazil. But now that I am here, I can see clearly that was just a lonely moment.

I just don't belong this place. I just don't belong it at all.

Wednesday, May 16, 2007

iiiiiiiiiii euuuuuuuuuu! eu to voltando pra casa outra vez!!

Quando o e-mail de confirmacao chega na caixa de entrada do seu e-mail e porque a viagem esta proxima. Em dois dias eu saio da Floria e em 3 dias aterrizo em Sao Paulo.( pois e cheaptickets sao assimmeso... demoraaaaa a viagem!)

Se vc me perguntar o que estou sentindo posso te dar uma palestra de 50 minutos com direito a choro, risada, fotos, musicas e souvenirs. Mas se vc olhasse pra minha cara nesse instante nao precisaria de resposta. O meu olhar ja diria exatamente o que estou sentindo. E e nesse clima que eu vou. Missao cumprida. Sonho realizado. Pessoas queridas deixadas no campo da memoria. Amigos eternos devidamente guardados dentro de meu coracao. Mala cheia, coracao lotado. Sorriso cheinho de dentes. Mochila do sonho preenchida, uma nova ainda na embalagem. Saudade. Alegria. Ansiedade. Expectativa. Medo. Arrepio. Coragem. Garra. Confianca.

See u in a couple days!!!

Monday, May 14, 2007

Thursday, May 03, 2007

sinal de fumaça

não to com tempo pra escrever por aqui.. os ultimos minutos precisam ser aproveitados da melhor maneira possivel.

Não consegui escrever sobre a minha saída de Vancouver.

Não consegui escrever sobre minha ida para o Hawaii.

Não consegui escrever sobre minha chegada em Ft.Laudardale/Florida-USA

Não consigo anda escrever sobre minhas espectativas em relação aos 15 dias que me faltam para pisar na terra brasilis novamente.

Não consigo nem conseguii escrever pois to meio ocupada vivenbdo os ultimos momentos.

E estou muito feliz!

Monday, April 09, 2007

Easter - Happy ;)

Sexta feira da paixão.

Acordo pra trabalhar. Já é abril, que medo. Acordo em um lugar que não parece com nada a Canção Nova, lugar onde passei minhas últimas 5 sextas feiras da paixão. Olho no espelho. Também não pareço, em nada, a menina das últimas 5 páscoas. Me lembro delas. De cada Páscoa. O coração aperta. Lembro mais uma vez que é abril. Olho mais uma vez no espelho. Respiro aliviada. Realmente não sou mais a menina das páscoas passadas. Não sou mais a menina das sextas feiras da paixão passadas, não sou mais a menina dos abrils despadaçados.

Sábado de Aleluia.

O dia está lindo. Não há Pe Leo, Pe Jonas ou Luzia pregando. A única coisa que escuto é Juanes e Nelly Furtado com sua música Fotografia. Vou dar uma volta. Vejo a paisagem. Muito verde,algumas flores, neve no topo das montanhas, algumas frestas de sol. Nenhum cenário parecido com os meus antigos sábados de aleluia. Nenhuma conversa no meio da madrugada. Nenhum banquinho relembrador. Nada me incomodando. Coração leve. Coisas novas. Um monte de coisa nova. Vida nova. Pensamento centrado. Horizonte seguro. O certo e o perfeito tudo se completa de algum jeito.

Domingo de Páscoa.

Almoço de Páscoa. Com pessoas bem diferentes dos últimos 5 almoços pascais. Nenhum ovo de chocolate, alguns coelhinhos Lindt. Uma tarde sem fazer nada, deslumbrando apenas esse nada, a alegria desse nada. A paz de um nada completo. Fim de dia. O Céu e o Mar, a lua e a estrela, o branco e o preto. O certo e o perfeito se completando mais uma vez, de algum jeito.

Wednesday, March 28, 2007

É chegada a hora!

E assim chegou. O dia de colocar na listinha quais são os lugares que quero visitar, o que preciso comprar, tirar fotos dos lugares que sempre passo, do onibus que tomo todo dia, da rua onde moro, do mercado que faço compras. Chegou a hora de sentar na frente do espelho, olhar pra mim mesma e ver o que aconteceu. Ver o que ganhei, o que perdi, o que aprendi, o que morreu e o que nasceu dentro de mim. Ver que minhas bochechas estão mais arredondadas, meu sorriso mais largo, meu cabelo mais enrolado e claro e minhas expressões carregam a marca de quem foi e está muito feliz. Muito Feliz num lugar que escolhi pra ser meu por algum tempo e quiça pra sempre. Mas deixemos o pra sempre pra depois. O que importa é o agora. O que importa são meus últimos 20 dias de Vancouver, os meus últimos 20 dias no sonho que não acabou, mas se realizou.

Agora tempo de sonhar outro sonho e colocá-lo em prática. Mas antes abraçar os amigos, sentar num bar conversar até o dia raiar, dançar um forró, rever sorrisos, aguçar lembranças e materializar o amor. O amor que sinto por cada um que ficou com uma partezinha do meu coração.

E fazendo um balanço, meus ganhos foram maiores do que minhas perdas. Na verdade acho que a única perda foi a financeira(rsrsrs). Acabei investindo em bolsas e sapatos demais!rs!

Mas, o que ganhei com o inglês, com a auto-conhecimento, com as auto-descobertas, com a auto-companhia, com tudo o que fiz sozinha, com tudo o que fiz com outras pessoas, com tudo o que vivi, o que conheci, o que toquei, o que amei, o que falei, foi simplesmente indescrítivel. Foi mais do que meus devaneios na sala do meu pai na madrugada quente de junho. Foi mais do que as conversas malucas minha e da Rita no metro, indo para o cabelereiro imaginando um francês, um canadense, um grego, um americano. Foi mais do que meus sonhos puderam sonhar, mais do que minha imaginação pôde alcançar.Foi tão pra mim, foi tão sublime, foi uma grande experiência.

E agora?

Bom agora eu tenho medo. Medo do primeiro impacto do Brasil, medo de ter medo daquele lugar que tem meu nome, mas não enxergo como meu. Medo de olhar para aquela multidão e não enxergar o sentido, não ver a razão, de não ter motivo. Mas como diria Pe Fábio - quem não tem pra onde ir descobre a graça de saber ficar.

E vai ser exatamente isso que farei. Descobrirei a graça do trânsito, da agitação, da loucura paulistana. E redescobrirei a graça dos meus amigos, e das novas pessoas que estou pronta pra conhecer.

OBJETIVO ALCANÇADO!<p>

Quando eu sai do Brasil, comentei pra algumas pessoas que eu tinha um curso de 6 meses pra fazer, mas que não voltaria para o Brasil sem ter alcançado alguns objetivos pessoais. Domingo, sentada na praia refletindo sobre esses mesmos objetivos, percebi o quanto eu os alcancei.

Eu precisava de um tempo, para curar o coração e livrar os olhos de qualquer recaída. Foi mais rápido do que eu imaginava. E hoje eu tenho mais do que certeza de que o coração está curado, que não haverá recaídas e que o coração está novinho em folha pronto pra se encher.

Eu precisava saber o que eu queria pra minha vida. Essa de saber apenas o que não se quer era muito vago pra minha existência curiosa. Eu precisava entender o que eu sou pra entender o que eu preciso pra ser feliz.

E a paz que senti aqui, que senti domingo vendo as não-ondas do mar, me fizeram entender que o que eu quero não é o que os outros querem. Pelo menos não os outros que até agora conheci. Talvez algum deles chegaram perto, mas em algum momento fomos para caminhos opostos.

Eu precisava descobrir do que era feita a minha fé. Se era feita de medo ou de esperança, de amor ou compaixão, de verdade ou ilusão. E nesse tempo que vivi a minha fé da minha maneira, entendi que muito das coisas que um dia aceitei, não cabem mais na minha vida. É o tal quadrado tentando entrar no círculo. Simplesmente não dá mais.

Porém, foi exatamente nesse período que vi que pra viver minha nova fé era preciso reconstruir um novo modo de viver e de pensar. Um mais coerente com a nova mulher que escolhi ser. Reconstruções são mais complicadas do que construções normais. É preciso ter muita coragem pra demolir os quartos, jogar fora as mobílias com histórias e lembranças e simplesmente comprar tudo novo. Fica caro e trabalhoso. Mas no fim, quando olhamos aquela sala, com a parede da cor que sonhamos, com a cozinha com um toque só seu, quando vemos que têm o seu dedo naquelas paredes e naquele mosaico, tudo faz sentido e o trabalho valeu a pena.

Foi assim que aconteceu. Foi difícil e sofrido ficar sem a comunhão. Mas foi preciso. Pra ver que preciso dela. Pra sentir que preciso do corpo D'Aquele que agora acredito mais do que outrora e que, sigo, da minha maneira, mais do que antes.

E então, após uma respirada dessas longas e restauradoras percebi que eu já podia ir embora. Que colhi tudo o que plantei e comi os frutos. Alguns bons, alguns que decidi não plantas mais. Alguns que não comerei de novo. Não dá esses frutos na terra tupiniquim. Porém lembrarei de todos os frutos comidos. Tenho o gosto deles na minha boca até agora. E terei por algum tempo. Até outro tempo de colheita.

E por fim,

É chegada a hora. De ir embora. Empacotar tudo e pé na estrada.

EBA!

Wednesday, March 21, 2007

3 assuntos

Mais Bute Street

Desde meus 12 anos eu tenho a chave de casa. Desde então nunca mais fiquei sem ela. Já fui, até, a única a ter a chave de onde morava. Porém, nesse último mÊs algo que a 12 anos não acontecia, aconteceu. Eu fiquei sem chave. E isso significou muito mais do que uma simples chave.

Significou ter que ligar pra avisar que vou chegar tarde, ter que saber onde os outros moradores vão ou foram para poder me programar e não chegar antes ou depois da hora prevista. E isso mudou muita muita coisa em minha vida. Pode parecer estranho e até besta, mas morar sozinha pode ser um veneno para o ser humano e eu só percebi isso agora que estou morando com mais pessoas. Mais precisamente 4.

Ter horário pra chegar, ter que sair vestida do banheiro, ter que lavar a louça assim que termina de comer, assistir o que os outros estão assistindo, ouvir o que os outros estão ouvindo, já não fazia mais parte de minha rotina a muitos anos. Na verdade nunca fez muito parte da minha rotina tendo em vista que era só eu e mamys, mas o que eu posso dizer é que essa foi uma das maiores experiências aqui de Vancouver.

A minha paciência e a minha maturidade mais uma vez deram uma guinada daquelas poderosas. QUe bom.

Dylan's

Não ia falar do lugar onde trabalho. Simplesmente porque não tenho o talento do Thiago pra descrever a Sra. que senta sempre na mesma mesa, falar dos meus afazeres e essas coisas. Porém vai ser preciso, tendo em vista que aquele lugar muda a minha vida a cada dia. Não serei mais a mesma depois do Dylan's café.

Se vc está esperando ler que lá é horrível, que fui humilhada, mal tratada e que trabalho feito uma louca, se engana. Acredite, Lá foi o meu melhor emprego até hoje. Lógico que nunca esquecerei os amigos maravilhosos da ESPM ou o clima gostoso do Arqui, porém o Dylan's disperta em mim uma vontade de querer dar certo, fazer o certo, de querer ser alguém, ter alguma coisa que nunca de fato senti. Alem lóóóógico dos construction guys que vão lá tomar café.

Construction Guys(CG)

Pra situar: o Dylan's fica localizado dentro de um condomínio, em frente a um asilo, e a rua principal está em obras por causa das olimpiadas de inverno em 2010.

Por conta disso a clientela é : Velhinhos, Velhinhas, anciãos, idosos, elderly, alguns chineses e os construction guys( pedreio, mas soa muuuuuuuuuito melhor em inglês - peloamordeDeus!) Logo na primeira semana reparei que nenhum dos CGs tinham cabeça achatada, eram fedorentos ou faziam aquele barulho com a boca tão grotesco que só de pensar me dá nauseas múltiplas. Assim que reparei isso, logo vi que em sua maioria os CGs tinham olhos azuis, cabelos mais claros que os meus e muito muito altos. O fato do capacete e da jaquetinha alaranjada não era impedimento pra reparar na beleza de alguns, muitos deles.

Toda vez que vou ao Dylan's me lembro dos pedreiros brasileiros. Então todos os dias aprendo a agradecer o fato de estar no Canadá!! AI os CGs....

Friday, March 09, 2007

Demorei, pois tava criando coragem pra dizer que a Bute street é uma bosta.
Sem detalhes, pois o leitor pode estar envolvido, eu to saindo daqui no fim de março. Um mês com baratas na minha cama, insônia, gente mexendo no meu computador e trocando a minha senha foi o SUFICIENTE. Pra aprender que eu NÃO preciso mais viver certas coisas, E ponto.

Saindo da Bute street e entrando no amigo mais fofo desse mundo, que me salvou de um ataque de nervos!

O Richard para quem não sabe é o suiço mais fofo que existe! Ele é quase um brasileiro, rs O conheci no meio de outubro, ele voltou de sua viagem de carro pelo Alaska e norte do Canadá e começou a fazer o mesmo curso que eu. Logo na primeira semana ficamos muito proximos, logicamente que a princípio me interessei pelo seus lindos olhos azuis e sua altura perfeita! MAs com o passar do tempo eu e ele percebemos que o que nos unia era uma amizade, uma cumplicidade muito melhor e maior do que o envolvimento homem-mulher. Aprontamos muito por essa Vancouver, rimos das coisas mais estúpidas às coisas mais sérias, praticamos muito listening e speaking no Cambie e nos cinemas de Downtown. Porém chegou o dia dele ir embora. E la foi ele de mala e tudo para a Australia ficar por uns dois a três meses e depois voltar para Suiça.

Nesse tempo na Australia nos falamos praticamente todos os dias por e-mail ou mensagem de texto.

Até que a semana passada ele me salvou dessas pessoas chatas e sem nenhuma graça.

Mandou uma mensagem assim:

- Hey Schatzeli, I am going back to Vancouver. See you in March 8 at 7:30am!!

Era exatamente o que eu precisava!! O Richard aqui em Vancouver novamente pra me animar, pra dar um bum nessa cidade que ficara sem graça!

E ontem ele chegou!! E Vancouver já até voltou a ter cor!! É incrível como uma amizade pode salvar um coração. Me lembrei das amizades salvíficas da minha vida.

Rachel, que fez os últimos meses de Florida serem inesquecíveis e provou que quando há verdade não há distância que apague, nunca.

Rita que fez chuva, fez sol, frio ou calor estava alí para segurar minha mão quando ninguém mais quis segurar.

Virgínia que me salvou daquele Arqui que eu já não aguentava mais e me mostrou que o problema não era o lugar, mas sim meu coração.

Luciana que veio dar um brilho em janeiro pra essa cidade fria e chuvosa. E que me deu um empurrão pra voltar a correr atrás daquilo que vim buscar.

E por fim Richard. Que fez eu dar risada como a muito tempo eu não dava.

Por hora é só.

Saturday, February 24, 2007

Mudanças!

O Primeiro e o último dia a gente sempre acha que nunca esquece, mas bem a verdade é que esses são exatamente os dias que, pelo menos para mim, vão embora da memória com o passar do tempo. Eu já não lembro o meu primeiro dia de escola, o primeiro dia de mestruação, o primeiro dia que descobri que estava apaixonada. Lembro de uma tarde fria com cólica, dos dias no meio de abril numa aula chata de história ou de uma conversa pra falar da nova paixão. Não lembro também com detalhes o meu último dia na escola, o meu último dia de namoro com alguns dos meus ex-namorados, ou meu último dia no meu antigo apartamento.
Hoje é meu último dia aqui na Gilmore Ave. Se eu lembro do meu primeiro dia aqui? Não. Tava muito ocupada pensando no meu último na homestay. Se eu vou lembrar do meu primeiro dia na Bute Street? Provavelmente não. Vou estar muito ocupada e cansada desfazendo malas, arrumando prateleira e conhecendo meus novos roomates. Mas vou lembrar pra sempre da visita rápida da Claudinha aqui em casa, esperando eu tomar banho pra podermos sair, do dia que cheguei com a TV nas costas e uma chuva danada, do dia que o Neil me ligou e mandou eu ir lá fora e eu de pijama e descalça vivi meu primeiro momento na neve no quintal da casa na Gilmore. Vou lembrar das tardes no parque ou na biblioteca pra ler as revistas dos meses anteriores. Dos passeios aos brechós aqui perto, das idas ao subway logo depois do Cambie e do dia que queimei o feijão e a casa ficou com cheiro de queimado durante uma semana. Vou lembrar dos dias no meio do nada, que foram aparentemente insignificantes, mas que são esses que ficarão aqui dentro guardadinhos pra sempre.
E como é bom fazer as malas. Sei que tem gente que odeia, mas eu realmente gosto. É como fazer um balanço de tudo que se têm, de tudo o que se comprou e de ver em que tamanho e proporções se resume a sua vida. A minha no momento se resume à uma mala vermelha, e à duas cinzas e laranjas que comprei no Wall Mart. À uma mochila da Roots com a bandeira do Canadá, à uma mala de oncinha e algumas bolsas que não couberam em mala nenhuma e estão em sacolas da Zara e da Winners. E a um lap top que guardo fotos e palavras que me ajudarão a lembrar de tudo isso que estou vivendo, quando isso for parar na parte das lembranças.
E na próxima vez que eu colocar palavrinhas aqui vou estar vivendo na sala com mais outras duas pessoas, dividindo banheiro, armário, cozinha, panela, televisão, privacidade. Vai ser bem legal. Nunca tive isso. Essa coisa de casa cheia, limites dentro de casa e blábláblá. Mais um aprendizado. Boa! É exatamente isso que preciso!!
Vejo vcs na Bute Street!!! Bye!!

Friday, February 23, 2007

Afterplay...

"there's always a door you do not want to open, or a place you don't wanna go, or a question you don't wanna answer, or one word... that you just don't wanna hear because if you do you know you'll never be the same."

" Haverá sempre uma porta que vc nao quer abrir, ou um lugar que vc não quer ir ou uma pergunta que vc não quer a resposta, ou uma palavra... que vc simplesmente nao quer ouvir , pois se vc ouvir vc sabe que jamais será o mesmo."

Tuesday, February 20, 2007

Satisfaçãozinha...

O Carnaval acabou e falar com meus amores deu um boost na minha inspiração e me mostrou que preciso atualizar isso aqui pra atualizar vcs.

Os últimos posts foram uma espécie de desabafo. Se fosse no Brasil usaria o telefone, a padaria Viana, vinho e chocolate e tudo passaria. Mas há 6 horas de diferença de todos esses recursos me fazem as vezes entrar em pânico.

Foi uma decisão que tomei e me arrependi. Mas passado o momento pânico, voltei, analizei e vi que era o melhor a fazer. Não dá pra mentir pra mim mesma. Se têm uma coisa que não consigo é mentir. Nunca rolou, não ia ser dessa vez que ia rolar né? O problema é que aqui " longe dos meus" as coisas criam certa intensidade.

O que o Thiago disse têm uma certa verdade - ficar só consigo mesmo é perigoso. É muito tempo pensando em vc, se preocupando com suas coisas, vendo o seu próprio umbigo, não tendo um outro pra se preocupar, pra escutar, pra se envolver. Juntando isso com um término de namoro (têm meio haver com a tal da decisão) a falta das amigas por perto ( Polly, vou falar de vc!! mas tem que começar a ler hehe!!) e a falta do sol, se vc num tem uma cabeça muito boa a coisa explode. MAS, percebi que, minha cabeça as vezes é boa até demais. Eu não tenho idéia do que quero nem do que vou fazer e cada pessoa que me pergunta quando eu volto, não tem idéia do mal que faz comigo ( SIM SIM isso é um toque SÚTIL pra que vcs parem de me perguntar isso!) não tenho noção do que vai ser do meu próximo mês, tem dias que amo esse lugar tem dias que odeio, mas cada vez mais me conheço, me amo, aprendo comigo coisas que só eu poderia ensinar. Aprendo a viver dentro de alguém forte, firme e que merece respeito. Aprendo a me respeitar, a entender meus limites, a entender minhas vontades e "desvontades", aprendo a entender do que sou feita. Não dá pra querer lutar contra aquilo que se é feito. E nesses últimos dias parei com isso. Parei com essa luta constante de querer entender o que não têm sentido, querer tocar o céu dos outros sem tocar o meu, parei de querer enxergar a vida com o olhar alheio, com o sonho alheio. Parei de querer uma mudança que não quero, mas que achei que tinha que ter. Com isso aprendi que toda a dor vem do medo de sentirmos dor. Renato Russo e daí que que tem?! rs Se eu não quiser me envolver, vou sofrer pois não me envolvi. Se lutar contra o envolvimento, sofrerei pois lutei mas mesmo assim me envolvi. Se me envolver, vou sofrer pois houve o envolvimento. Nessas três opções pelo menos na última em algum momento fui feliz. Hj entrei numa comunidade do orkut que meu, a melhor!! Explica tudoooooo!! - Não confio em gente feliz (perfil da comunidade - Se você também acha meio suspeito esse povo que vive alegre e feliz o tempo inteiro, tem centenas de amigos e "migas", e esta sempre "xonaduu", parecendo até que vive em comercial de leite em pó, tentemos entender porque aparentemente não da para se confiar em um sequer deles. Todo mundo que já fez algum bem nesse mundo não andava por aí todo serelepe, pode conferir)E por que essa comunidade ? Porque isso é que tava me incomodando.

Eu tinha um namorado lindo, fofo que me amava, eu to no Canada onde queria estar, eu to com saude, to bem essas coisas todas e papapipopopo e tava fula da vida porque num andava toda serelepe por ai!

Cara , sem tristeza não têm poesia! Sem sofrimento num têm aprendizado, sem dias nublados não dá pra dar valor ao sol, sem momentos de solidão não dá pra reconhecer a beleza de se ter amigos, sem as merdas da vida não dá pra dar risada depois que aconteceu. E sem tudo isso não daria pra ser a mulher forte que sou hoje. Vejo por ai tanta gente fraca e sem nenhuma graça. É por isso que a suíte do melhor hotel de Vancouver não me foi suficiente. É por isso que qualquer eu te amo não me bastou. É por isso que São Paulo não foi suficiente, Vancouver já não está sendo mais e o mundo não será! É por isso que serei inquieta, estarei sempre em busca da felicidade, da realização, desse algo mais. Esse algo mais que as vezes existe, as vezes não. AS vezes é uma viagem, as vezes é um amor, as vezes é um emprego, uma casa, um amigo, um regime, uma calça nova.

E respondendo a pergunta de vocês que não pararam um minuto de me perguntar - mas vc ta bem? vc ta feliz?

Não precisa estar feliz pra estar bem.

Nem todo mundo que tá bem, está feliz.

É isso!

Thursday, February 15, 2007

So pra constar

To bem. Foi so um dia ruim. Mas esse fuso me deixa maluca!!! Mas ja tomei algumas decisoes!! LINDASSS ( LU, RITINHA, ERICOTS, ALE) Brigada!!! vcs sao lindas!!! so isso. Bom carnaval pra vcs!!!

Tuesday, February 13, 2007

Eu to mo muito muito triste.... E muito dificil pra eu assumir isso...Se nao e na frente da Ritinha num tenho coragem de dizer. MAs é que chegou a hora de ter coragem de aceitar aquilo que faço. Mais uma vez eu colhi aquilo que plantei. Já senti essa dor antes, já chorei esse choro mais de uma vez, e sei que não será o último. MAs o fato de estar longe de casa, com 6 horas de diferença das pessoas que eu queria ouvir a voz, faz com que toda e qualquer lágrima seja mais doida e caia mais forte. Eu de verdade não achei que fosse sentir isso. Achei que ia ficar bem, achei que era maior que tudo isso. Desdenhei, não quis comprar, não quis me involver, só quis aproveitar... e agora pago o preço da escolha mal feita, da decisão mal tomada, do impulso idiota. Vai passar. Sempre passa. MAs dessa vez vai demorar um pouco mais, pois não tem Rita pra abraçar. Não tem Erica pra aconselhar. Não tem meu pai pra me acolher. Só eu. hope you're doing fine out there without me ‘Cause I'm not doing so good without you The things I thought you'd never know about me Were the things I guess you always understood So how could I have been so blind for all these years This I only see the truth through all this fear living without you And anything I have in this world And all that i'll ever be It could all fall down around me Just as long as I have you right here by me I can't take another day without you

Friday, February 09, 2007

Perdas

Devia se ensinar na escola coisas mais uteis do que ciencias, historia ou geografia. Deviamos aprender de pequenininho a perder. A perder jogos, campeonatos, apostas e pessoas. Se alguem ai sabe como faz pra conviver com a perda desse ultimo item me ensina. To precisando. Nao bastou uma perda, nao bastou duas perdas. Precisei de uma terceira. Tapa na cara, mais uma vez. E isso ai... tem que se f.... mesmo. Num aprende! Errar e humano mas persistir e burrice como diria o dito popular. Na verdade isso aqui e so um pequeno desabafo. De quem ainda nao aprendeu e espera nao ter que perder de novo pra aprender.

Tuesday, January 30, 2007

Algumas muitas coisas - "Eu não sei na verdade quem eu sou"

Por que a gente é desse jeito, criando conceito pra tudo o que restou?
Pois é, mais um que se vai. Mais um abraço apertado, mais um dia de despedida, mais uma promessa de reencontro. Mais um que leva consigo algumas de minhas boas lembranças. Mais uma mala pra ajudar a fechar, mais um pedacinho do meu sonho que sai correndo pra sonhar seu próprio sonho.
A Luh não foi só um encontro. Foi um reencontro maravilhoso!!
Nunca imaginei que a encontraria por aqui! Lógico que se imaginasse a mala dela viria recheada de trakinas, coxinhas e nescau ts ts ts !Mas a verdade é que foi otimo conhece-la melhor, dar umas risadas, praticar o meu português, foi bom ter um rosto conhecido por algumas semanas.
O que eu posso dizer... - Luh muuuuito obrigada!!! Com certeza vc ajudou o sonho ser mais perfeito!! Boa viagem!! Vejo vc no Brasil, com toda certeza!!!
Meninas são bruxas e fadas
Ilona era uma lenda pra mim. A Heather minha chefe as vezes falava dela, tinha alguns vestigios de seus caixas que faltavam alguns trocados e de seu jeito "europeu" de limpar as mesas e as garrafas de café. Mas o fato é que a única coisa que sabia de Ilona era que ela era alemã, tinha uma criança de colo, trabalhava nos finais de semana e uma vez por semana de terça ou quarta, quando eu então tenho o day off. Porém imaginava uma alemã baixinha, loirinha, de olho bem claro, pele branca, gordinha já que é mãe de uma criança novinha, tímida e com um acento bem alemão. Quando aquele mulherão de pernas enormes, cabelo enrolado e curto, nariz longo, olhos verdes, pele mais escura que a minha e definitiva uma cintura menor, beeem menor que a minha a lenda virou quase um pesadelo. Ela chegou, pegou o avental e começou a "botar ordem" no local. Como uma boa alemã, perguntou com um tom de menosprezo de onde eu era, qual a cidade e o que eu fazia nas horas que não era waitress. Então que com jeitinho a lenda-pesadelo de bruxa virou quase fada. Ela me contou que veio para estudar, conheceu um canadensee, e aqui está, casadaa com uma linda criança e uma linda vida feliz. Naquele hora larguei o pano, e tive uma visão assustadoora. Me vi no lugar dela e definitivamente gelei. Voltei a ver as bruxas, esqueci as fadas.
Velhinhos são crianças nascidas faz tempo
Eu sempre falei que quero morrer cedo. Não cedo ceeeedo, mas não quero ficar idosa. Vc pode me apresentar mil versões de que essa minha idéia é maluca e eu te apresentarei mil e uma. Sempre foi assim desde pequenininha. Nunca quis, depois que minha mãe faleceu quis menos e agora trabalhando num lugar onde 95% do público é idoso quero menos ainda. A verdade é que vejo aqueles velhinhos e morro de medo da minha vida. De fazer algo errado, de tomar uma decisão que acabará com todas as minhas outras possibilidades. enfim... acho que levei muito a sério aquela coisa do "use filtro solar", sabe?! Que o Pedro Bial narra, e que fala que "algumas das pessoas mais interessantes que conheço aos 23 não tinham idéia do que queriam da vida", pois é acho que levei isso muuuuito a sério. Agora os velhinhos... os vejo, e realmente são crianças nascidas faz tempo. Sentam na mesma mesa, sempre pedem as mesmas coisas, uns adoram conversar, outros são calados, outros não escutam direito, outros reclamam de tudo, outros são pão-duuuros... cada um têm sua pequena mania, seu pequeno jeito inflexível... mas no fundo só querem um pouquinho da atenção das crianças nascidas não a tanto tempo...
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
A lua hoje estava linda. Será que vc ai do outro lado conseguiu vê-la?
Se conseguiu espero que tenha apreciado como eu.
Estava linda, cheia bem no meio do céu. Belo telhado. E que telhado.
Por onde entrei deve haver uma saída
Acho que estou cansada de dar tchaus. E acho que o meu tempo por aqui está se encerrando.
Já ajudei a arrumar algumas malas. Se não ajudei pelo menos dei algum apoio moral sabe? E hoje bateu uma vontade louca de ir embora. Não que aqui ainda não esteja divertido. O tempo melhorou, o trabalho é na maneira do possível divertido, mas é que acho que o ciclo está se fechando. O resultado do exame já está pra sair, meus amigos já foram embora e eu sem perceber já comeceii a ver os preçoos das malas de viagem.
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travisseiro
Com certeza já tenho novos sonhos, mas novinhos em folha mesmo.
Alguns deles tão malucos, vai fazer papai, Pe Vandro e Ritinha balançarem a cabeça. Papai provavelmente dirá - Bom, se é o que vc quer. Pe Vandro - Minha filha de onde vc tirou isso? Mas bem agora? Têm certeza? E Ritinha - Adorei!Ou não.
Porém esses novos sonhos ainda estão de baixo do meu travisseiro. Quando os tirar de lá ou é pra realizá-los, como estou realizando um agora, ou pra deixá-los de canto e não lembrar mais deles.
E tudo fica sustentado pela fé
Os sonhos. As meninas, as bruxas e as fadas. Os velhinhos, os palhaços e eu que na verdade não sei quem sou. E que já tentei calcular o meu valor.

Thursday, January 25, 2007

Brazil: Survivor Country

Após um dia cansativo de trabalho entrei no ônibus e sentei na frente de um casal de gordinhos. Muito bonitinho os dois, afetuosos um com o outro, falando empolgadamente sobre os próximos dias de trabalho e sobre a recuperação de alguém. O telefone da gordinha toca, ela fala por horaaaaaas no celular pink com um ursinho maior que a mão dela. Como a conversa não estava interessante resolvi colocar meu I-pod pra tocar e desencanei do casal. Algum tempo depois, a loirinha já tinha desligado e foi a vez do cel do gordinho tocar. Ele atendeu, e começou a falar tão empolgado que até se ajeitou na cadeira pra falar melhor sabe?!Só faltou arregaçar a manga, de tão "pronto" que ele ficou pra começar a falar. Ele falava tão alto, mas tão alto, que Fernando Aniteli no meu I-pod ficou sem poder de persuasão. Desliguei meu briquedinho e me pus a prestar atenção no gordinho. Vi em sua mão uma sacola da Chapters e dentro um livro escrito Rio de Janeiro. Achei o maximo! E naquela hora foi a minha vez de me ajeitar na cadeira pra admirar o mocinho que queria conhecer o meu país. Papo vai, papo vem, quase chegando o momento de eu descer o gordinho me lança: - Pois é, fiquei super feliz com a recuperação dela, porém com essa história dela querer ir para o Brasil, não fico confortável. País muito perigoso, tenho lido cada coisa de lá que vc não acredita... Do outro lado alguém deve ter tentando defender o Brasil, mas ele insiste: - Sim, é bonito... mas mesmo assim, não acho seguro.. ficaria muito mais tranquilo se ela fosse para Grecia ou Amsterdan... tentei convencê-la, mas ela está irredutível... Mais alguma coisa positiva do outro lado da linha, eu puxei a cordinha pra descer e o gordinho: - Não sei, Brasil... Survivor country... Não é lugar pra ela. Definitivamente. Muito mais barato, mas acredito que não tenha nada que um outro país mais seguro e tão bonito quanto não possa oferecer. Pois é caros brasileiros... e acreditem... essa não é a primeira, nem a segunda, nem infelizmente a terceira vez que ouço coisas como essas. Infelizmente, nem a fama de mulheres bonitas e melhor futebol do mundo e suficiente pra levar os turistas pra lá. E sabe quem piora essa situação? Os brasileiros que estão fora do país. Sempre tem uma patricinha fdp falando que o país é violento, sempre têm um mauricinho contando todo todo quantas vezes seu carro foi assaltado e quantas mulheres catou na balada. E sabe a impressão que fica? Que as mulheres são putas e burras, o país é uma bagunça e turista vai ser morto na primeira balada. Orgulho de ser brasileiro? I don't think so...

Monday, January 22, 2007

Uma pergunta... algumas respostas.

O simples fato de ir embora me arrepiou.
Eu não tinha planejado voltar em janeiro. Eu não queria voltar em janeiro e pra dizer bem a verdade eu não podia voltar em janeiro.
Dinheiro a mais, dinheiro a menos. No fim a gente sempre tem algum prejuízo alí, prejuízo aqui. Nada que a gente não consiga reverter depois.
Sentada no ônibus, pensando que seria a ultima vez que faria aquele caminho, vi minha vida passar como um filme (ai que clichêêê) e senti na pele o que eu não queria para mim naquele momento.
Decidi ficar.
A mão na minha mão, me ajudou a decidir. Foi bom sentir que tinha apoio. Que tinha alguém pra me ajudar.
Ao decidir que ficaria, decidi algumas outras coisas.
Eu me lembro que disse pra mais de uma pessoa que perguntou, qdo vc volta?, que voltaria apenas quando tivesse atingido todos os meus objetivos aqui. Muitos deles profissionais, e muitos outros pessoais. No momento, espero os profissionais se realizarem e enquanto isso resolvi correr atrás dos pessoais.
Tinha por um instante esquecido o que vim buscar. Só vi na minha frente a saudade e a vontade de tomar uma cerveja com minhas amigas, dançar um forró e comer pizza com o meu pai. Esqueci de tudo o que passei pra chegar até aqui. Confesso, na verdade, que não foi nada difícil, pelo contrário, tudo ocorreu tão smoothly, que sempre tive a certeza de que estava no caminho certo.
Algumas vozes me disseram que eu deveria voltar. Vozes reais, vozes da minha cabeça. Mas ao decidir que deveria ficar, nenhuma voz mais falou. Meu coração calou, e aquele entendimento do coração, da cabeça e da alma enfim aconteceu.
A semana depois da decisão.
Primeiro dia de trabalho após optar por ficar.
Café vazio, nada pra fazer, eu andando de mesa em mesa pra arrumar alguma coisa pra limpar, essas coisas de quem não quer encostar no balcão logo de cara. Resolvi ir pra cozinha fazer companhia ao Mark, cozinheiro em treinamento que logo de comecinho eu achava que era brasileiro.
O Mark tem um inglês muito bom, mas pra mim não é canadense. Ainda não perguntei de onde ele é, pois isso tiraria toda a graça dos meus pensamentos que tentam adivinhar de onde aquele ser engraçado, simpático e diferente vêm.
Ele está sempre de bom-humor, pergunta se eu estou bem, e sempre têm algum comentário pra fazer sobre as comidas, o horário, o tempo, a temperatura. Ele sabe muito bem onde fica o Brasil, sabe que falamos português e pasmem sabe que a capital não é o Rio de Janeiro ou São Paulo. ( diz ele que lembra do filme "Eu ainda sei o que vcs fizeram no verão passado".)
Enfim, Mark é um sujeito bem legal.
Na cozinha com ele, alguns minutos de silêncio ele me pergunta:
- Alline, Are you happy?
- Alline, vc é feliz?
Naquele momento foi estranho. Na hora eu respondi - Yes, I am. And you? E ele respondeu com entusiasmo - Yes, Of course I am!
Depois disso resolvi abandoná-lo e ficar com os meus pensamentos.
Alí, sentada na janela do café, olhando a chuva cair e acabar com a pouca neve que ainda restava nas árvores e no chão, refiz a pergunta do Mark.
- Alline, vc é feliz?
Por um momento, pensei e lembrei de tudo o que eu já havia passado. Das noites em claro no apartamento da Nhu-Guaçu, dos choros silenciosos no banheiro da ESPM, das missas dolorosas da Saúde, das dores de saudade, das dores de aceitação, das dores da solidão. Dos momentos que não tive chão, não tive nada nem ninguém. Momentos que eu jamais desejaria, há ninguém.
E então vi que eu não podia responder outra coisa se não - Sim, eu sou feliz.
Como não ser?
Eu estou no Canadá. - Onde eu queria estar
Eu estou falando inglêso dia todo. - Exatamente o que eu queria.
Eu tenho um namorado. Canadense. Que gosta de mim mais do que eu imaginava que alguem poderia gostar. - Exatamente como nos sonhos meus e da Rita.
Eu tenho um trabalho. - E ganho em dolar!!
Eu tenho um sonho. REALIZADO!! - E não só um, muitos deles!!
Então eu percebi que eu TENHO que ser feliz. Eu tenho que começar a viver aquilo que eu havia proposto à mim mesma. Eu tenho que cumprir o compromisso que fiz com a mulher que quero ser.
Eu tenho que viver impulsionada pelo mais lindo sorriso que mesmo de longe vai me guiar pra sempre, pelas memórias que me confortam, pela alegria que me dá forças e pela esperança que me impulsiona a ir pra frente e a não parar. Nunca.
A pergunta do Mark me trouxe muitas respostas. E mais uma vez meu coração calou. E sorriu.

Sunday, January 21, 2007

O poder da TV

Eu não achei que faria tanta falta uma mardita tv na minha vida. A real é que no Brasil eu não estava nem ai pra ela. Não assistia Globo, não via novela, Big Brother, pânico e essas babaquices todas. Tinha meus seriados favoritos, nenhum na TV aberta e sempre pensava - uau no Canadá vou assistir todos!! eba!! Cheguei aqui e na primeira casa tinha belos 5 canais. Uma caca. Um deles era em francês outro de comida e religião depois das 22 e os outros três passavam seriados que eu nunca ouvi falar. Quando mudei de casa. BAH , NO TV. A moça da casa disse que dava pra comprar uma baratinha por uns 30 dolares nos brechós da vida. Procurei feito uma condenada e as que encontrei simplesmente não funcionavam. Um belo dia de chuva, dormi no ponto e fui parar no fim do mundo. Bem em frente a um brechó só de eletronicos e uma tv por 10 dolares. Perguntei se funcionava, o cara ne sabia. Testou e puft funcionou!Levei a TV na hora. Andei horrores com uma tv nas costas e a chance dela não funcionar devido tanta chuva que tomou no caminho. Mas a verdade e que cheguei e sim ela ligou. Qdo mudei a moça disse que tinha entrada pra TV. Nunca tinha procurado a tal da entrada. Num tinha tv pra que ia precisar, certo? Foi então que percebi que a entrada para a TV era atrás da geladeira, longe do meu quarto,perto do quarto do chinês. Ok. era só pedir pro chinês dividir o cabinho comigo e os dois conseguiriam assistir a bela tv. E eu nunca mais encontrei o chinÊs. Nem a moça que alugou o quarto pra mim. Sem o cabo, tinha dois canais. Pelo menos um dos canais passava um seriado que eu acompanhava mas mesmo assim a imagem era tão ruim que não me deixava acompanhar com afinco. Agora, dois meses com dois canais o chinês foi embora. E eu encontrei Catherine a moça que aluga o quarto. Ela me deu um novo cabo e eu tenho milhões de canais. Não imaginava que a TV fosse salvar minha vida. Mas acredite, salvou. E como salvou.

Thursday, January 18, 2007

O Sonhoo que tá virando um pesadeloo

Recapitulando ou deixando a par: Eu vim pra cá pra conseguir um certificado, aprender inglês e realizar um sonho antigo de morar fora do país mais uma vez.
Lembro que recebi mil e um conselhos.Bons, ruins, animadores e desanimadores, uns de gente que nem tinha nada haver e que no fim foram os que mais serviram.Hoje novamente me encontro em vias de decisões e só consigo trazer na mente o que o Thiago escreveu em seu blog: O grande problema de ter que escolher um caminho entre 100 é que você vai ter que conviver com a perda dos outros 99. Enfim é por ai e que as coisas andam.
Eu juro que não ia escrever nada. Eu juro que estava tentando com todas as minhas forças manter a calma e não reclamar. MAS nossa não dá mais, hj foi o dia !!!
Meu Janeiro está uma merdaaaaa!! Puta-que-pariu o mesinho da penga!! Tudo conspirando contra a minha pessoinha, nossa e que venha 2007 carregadoo de, nossa!! Carregadoo! AFFFFF
O começoo triunfal foi no Reveillon. Eu lá toda empolgadaquando o pequeno príncipee resolvee virar sapoo. Tudo era conflitannte e desmotivante. Ai ai.
Chegaada em Vancouver. Temperatura: - 5. Sensação: -8. Neve no chão e chuva caindo. CACA CACA CACA.
A cidade vazia de amigos, lotada de novos turistas. Barulho, fila, busão lotado, uma São Paulo com neve pra todo lado... cadê a minha Vancouver linda de setembro?OK. Fui procurar emprego. Arrumei mais rápido do que minha vontade de trabalhar. O emprego em si, até bem legal trabalhar num café, servindo as mesas, praticando inglÊs e ganhando algum tip(gorjeta). Porém convivo com uma senhorinha que serve junto comigo, que tem idade pra ser minha vó e que muito delicadamente me submetee as coisas mais insuportaveeeis desse mundo. Ela tem um tipinho tão irritannte, aquele ar de - sou mais velhaa, sei de tudo não faça do seu jeito, faça do meu - que nossa me leva a loucuraaa!! A minha sortee e o azarr dela é que até agora eu não fiz nada errado e ela por sua vez toda sabixona inteligente e blablabla adora errar na conta, entregar as refeições erradas e trocar os cafés de garrafa. BAHHHHHHHH
MÊs de espera do resultado do teste. Minhas esperanças: 50 sim 50 não. Uma maravilha. Agora paciÊncia, nem dá pra correr atrás do prejuizo e o jeito é esperar.
Problemas no Brasil . Ai ai... como é ruim ser gente grande...ter que cuidar de coisas que eu não sei cuidar, ter que tomar decisões que eu não sei tomar. AI AI AI !!
Problemas com minha passagem. RS essa foi demais. Eu me meto em cada uma... quem manda dar uma de espertona. Se quiser ficar, tenho que desembolsar uma bela grana... bela grana e que grana... ts ts ts...
E por fim a saudade. Caraca... esse frio mexe com a minha cabeça. Tô com saudade até das coisas que eu não gostava ai no Brasil.
E tudo isso é porque eu sei que já tá chegando a hora de ir embora. Antes que eu saia desse sonho correndo, melhor acordar antes dele virar pesadelo...
Passagem da Biblia:Jeremias - Cap 42:10-17
"Se permanecerdes nesta terra, então, nela vos restaurarei e não vos destruirei. Plantar-vos-ei e não vos arrancarei, porque estou arrependido do mal que vos tenho feito. Não temais o rei da Babilônia, a quem vós temeis; não o temais, diz o SENHOR, porque eu sou convosco, para vos salvar e vos livrar das suas mãos. Eu vos serei propício, para que ele tenha misericórdia de vós e vos faça morar em vossa terra. Mas, se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra, não obedecendo à voz do SENHOR, vosso Deus, dizendo: Não; antes, iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos, nesse caso, ouvi a palavra do SENHOR, ó resto de Judá. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito e fordes para morar, acontecerá, então, que a espada que vós temeis vos alcançará na terra do Egito, e a fome que receais vos seguirá de perto os passos no Egito, onde morrereis. Assim será com todos os homens que tiverem o propósito de entrar no Egito para morar: morrerão à espada, à fome e de peste; não restará deles nem um, nem escapará do mal que farei vir sobre eles."
Desculpinha duplicar algumas letrinhas.... ai ate isso to tendo que fazer!! rsrs

Tuesday, January 16, 2007

Os amores!

Pq hj eu precisava delas. Pq hj só elas me entenderiam. Pq hj o vinho e o chocolate só seriam bons com elas. Pq existem amigos, existem bons amigos, existem melhores amigos e existem os conhecedores de alma. Eu encontrei tudo isso nessas duas. Pq a lacuna na minha vida sem elas num dá pra ser preenchida. Pq eu precisava de um conselho racional e sensível de irmã mais velha que só a Eriquinha sabe dar. Pq eu precisava de apoio e encorajamento para as minhas maluquices e conhecimento, entendimento e acolhimento total do meu coração que só a Rita pode dar. Amores.... Aiiii................. pq vcs me deixaram abandonar vcs?? Essa foto foi fodaaaaaaaaaa!!! Amo vcs!!

Saturday, January 13, 2007

E por um segundo eu vi tudo se transformar em uma enorme bola de fogo. Vindo em minha direção e eu sem lugar algum pra correr. Mais dois segundos e vi a bola congelando gradativamente numa cena meio Matrix e parando no meio do ar esperando minha reação. Qualquer uma. E eu pela primeira vez não reagi. Esperei até a bola voltar a vir em minha direção. Fixei meus olhos nela e alí fiquei. Esperando. Apenas esperando. Acredite. A bola caiu. De enorme foi diminuindo, de fogo virando brasa de brasa virando pó de pó derretendo e sumindo, como todo sonho ruim. Ainda bem que segundos depois, abri os olhos, olhei para o relógio, virei pro outro lado e voltei a dormir. Odeio pesadelos.

Friday, January 12, 2007

E é tudo tensão que passa... A gente sabe que a TPM tá chegando quando tudo é motivo pra chorar e qualquer nada faz vc explodir. Eu sei quando a minha está chegando quando eu amo e odeio as mesmas coisas em fração de segundos. Eu pareço a turbinada da Globo e a adolescente da propaganda de pomada pra acne. Os sintomas são basicamente os mesmos, uma semana antes, estou eu querendo mudar o mundo ou odiar qualquer coisa que passe pela minha frente, seja viva ou não. Os palavrões são mais presentes e a inconstância é companheira. Tudo tão parecido todo mês, não sei como ainda não me acostumei. E é toda vez a mesma coisa. Morro todo mês, xingo as mesmas coisas, choro os mesmos choros.... AH quanta previsibilidade!!

Friday, January 05, 2007

Procura-se

Procura-se a garota da foto desesperadamente. A garota tem que vir com esse mesmo sorriso. Quem achar por favor devolva. Obrigada.